Associativismo incentiva o empreendedorismo feminino em Imperatriz

Por meio de seus Conselhos Empresariais e serviços, a ACII promove a ascensão desse segmento empresarial

Imperatriz é a segunda maior cidade do estado do Maranhão, conhecida pelo seu forte potencial no comércio, e parte dessa capacidade é possível graças à competência do empreendedorismo feminino. Criado em 2018 pela Associação Industrial e Comercial de Imperatriz (ACII), o Conselho da Mulher Empresária (CME) demonstra como as mulheres são presenças frequentes no mercado empreendedor imperatrizense. Composto por empresárias e líderes no campo de trabalho, o CME apresenta como lema “Lugar de mulher empresária é na ACII”. Além do CME, a ACII conta também com o Conselho de Jovens Empresários (Conjove), que agrega diversos jovens empreendedoras e empreendedores da cidade.

A presidente do CME e empresária do ramo jurídico desde 2000, Mirella Alves, destacou como o associativismo inspira as empresárias e promove a inovação nos negócios. “O associativismo é fonte de inspiração. Acredito que as mulheres e as jovens que integram ACII e seus conselhos podem trocar experiência, conhecimento, viabilizar capacitação e incentivar a reinvenção das pessoas, para que as empresas possam atender às novas necessidades da sociedade”, conta Mirella.

Ela ainda ressalta o potencial das mulheres empresárias, devido ao perfil visionário e persistente, mesmo com todos os desafios que elas enfrentam: “A mulher imperatrizense é uma empresária visionária. Toda mulher tem o perfil de questionar e buscar respostas convincentes, para isso, ela tem que buscar capacitação, pois, ainda é necessário convencer outras pessoas da sua capacidade. Para ter sucesso é preciso determinação, foco, resiliência e a força que só a mulher tem”.

Empreendedora nos negócios de games e tecnologia em Imperatriz há 18 anos, Cristiana Ferreira, relata os desafios de atuar em uma área majoritariamente masculina, e ainda enfatizou como o associativismo contribuiu para a ampliação da visão do seu negócio. “A área de tecnologia é considerada genuinamente masculina., porém, isso me trouxe ainda mais desejo de vencer. Ser mulher empreendedora é desafiador, precisamos estar o tempo todo demonstrando nossa capacidade de liderança e administração assertiva. E nesses desafios, o associativismo contribui para os relacionamentos, no network e na ampliação da visão. Costumo dizer que a mesa à qual a gente se senta é muito importante para o nosso crescimento”, ponderou a empresária.

No Brasil existem mais de 24 milhões de mulheres empreendedora, segundo a pesquisa Empreendedorismo Feminino no Brasil, realizada em 2019 pela GEM (Global Entrepreneurship Monitor), em parceria com o Sebrae. Além disso, a pesquisa Empreendedorismo No Brasil 2019, também realizada pela GEM, indica que o país ocupa o terceiro lugar na lista de 50 países no empreendedorismo inicial, sendo que as mulheres representam 23,1%, o que demostra a iniciativa feminina na busca por autonomia financeira por meio do empreendedorismo. Em vista desse cenário e na busca por maior inclusão das mulheres na instituição, a ACII pratica como projeto a filiação de microempreendedora da cidade, por uma taxa acessível, com o objetivo de contribuir com o mercado empreendedor feminino da cidade e ter cada vez mais mulheres como membros da ACII. (Por Lorena Lacerda) 

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