Uso do buriti na produção de biodesign e biofilme é destaque em feira nos Estados Unidos

A pesquisa é da imperatrizense Ana Beatriz e visa o fortalecimento da cultura de sustentabilidade

Utilizado na culinária para suco, doce, licor, sorvete ou vitamina, o buriti também caiu no gosto da indústria de cosméticos há algum tempo e, desta vez, a fruta ganha destaque no cenário internacional em uma pesquisa que utiliza a fibra e o coco do buriti na produção de biodesign e biofilme. A pesquisa, chamada de Biocompósito, é da imperatrizense Ana Beatriz, sob a orientação do professor Zilmar Timotéo e com o apoio da Associação Comercial e Industrial de Imperatriz – ACII.


O projeto possibilita a produção de artesanato biodegradável, a exemplo de brinquedos, a partir do buriti; visa também a criação e fortalecimento de uma cultura de sustentabilidade, representando práticas menos agressivas ao meio ambiente e aos recursos naturais. Desenvolvida desde 2018, a pesquisa é finalista na Feira Internacional de Ciência e Engenharia (ISEF), nos Estados Unidos, a maior feira científica e tecnológica do mundo.


“É uma oportunidade de compartilhar experiências de todo lugar do mundo, além de poder interagir com vários prêmios Nobel. Poder representar meu país, meu estado e a minha cidade me traz um sentimento de muita alegria e responsabilidade, pois tenho consciência que apesar da grandeza do planeta ele hoje se encontra muito frágil em nossas mãos”, pontua Ana Beatriz.


Após essa apresentação nos Estados Unidos, a estudante vai se preparar para continuar mostrando os resultados da pesquisa por outras feiras científicas. A próxima será realizada em Dubai. ”Como esse projeto foi premiado em outras feiras pelo Brasil, já está credenciado para alguns outros eventos nacionais e internacionais”, explica a pesquisadora.

Para o desenvolvimento deste trabalho, além de Beatriz, um outro personagem foi fundamental: o professor Zilmar Timotéo, a quem a estudante agradece pelo empenho. ”Sempre fui muito curiosa, apaixonada pela pesquisa científica e preocupada com o meio ambiente, juntei essas duas características e comecei a colocar em prática, tive a felicidade de conhecer um grande orientador e que vem a cada dia mais me instigando a descobrir mais sobre o universo de pesquisa”, comenta.


A ACII, enquanto entidade representativa da indústria e do comércio, colocou-se como apoiadora deste projeto. “Nós temos como uma das nossas atuações a Responsabilidade Social, assim desenvolvendo ações que possam contribuir com a sociedade. Reconhecemos a grandiosidade da pesquisa da Ana Beatriz para comunidade científica em si, sobretudo, para educação, principalmente de Imperatriz,. Muito nos orgulha ter nosso nome representado de maneira positiva internacionalmente”, destaca o vice-presidente da ACII, Sérgio Godinho.


Buriti É uma palmeira predominante do Norte do país, mas bastante encontrada no Maranhão e outros estados do Nordeste. A palmeira pode alcançar de 20 a 35 metros de altura. O buriti desenvolve-se em terrenos com grande oferta de água, por isso é comum encontrá-lo às margens de rios, brejos ou áreas inundadas.
Pesquisa – O trabalho coleciona participações em eventos.

Abaixo seguem alguns:

  1. MTEP 2019;
  2. Mostratec 2019 e 2020;
  3. Febrace 2020;
  4. Infomatrix Latino Americano 2020;
  5. Regeneron Isef 2020 e 2021
  6. FETEC MS 2020;
  7. Infomatrix Brasil 2020;
  8. I- FEST 2020;
  9. Sigma Xi 2020
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